Porque É Que Creio Em Deus?
2ª Parte: Razão e Lógica, Linhas e Círculos
Há dois pecados inaceitáveis em filosofia: pensar em círculos e ser arbitrário. O terceiro podia ser crer em Deus, mas eu digresso. Mas, isto é impossível fugir. Não falei de Deus. Podia ser também, mas estou a falar dos outros «pecados.»
Quem não pensa em círculos? Quem não é arbitrário? Pensava que era possível pensar em linhas, mas agora já não penso. Porquê? Vamos ver alguns problemas que existem quando pesquisamos aquilo que faz condições de conhecimento e sabedoria.
No primeiro lugar, há pessoas pensando que sabemos por democracia. Isto é, conhecimento é convencional, é por ter um conjunto de pessoas a pensar assim. Isto é um problema porque há convenções diferentes. Ao mesmo tempo, pessoas pensam coisas diferentes, contradictorias. Agora, há um problema. Podia ser que alguma coisa é ao mesmo tempo verdadeiro e falso?
No segundo lugar, há pessoas pensando que sabemos por indução. Isto é, os dados, os factos vêm por experiência. Tenho um problema. Afirmou-se esta ideia por experiência? Se não é afirmada por experiência, é óbvio que seja destruida a ideia de indução porque há uma outra condição mais profunda. Se é afirmada por experiência, é óbvio que seja um círculo de logica. Há mais uma só opção. É ser arbitrário. Além disso, é preciso organizar experiência para a interpritar. Isto é lógica e não é experiência.
No terceiro lugar, há pessoas pensando que sabemos por dedução. Dedução é o reino de lógica e razão. Isto é tudo é afirmado por lógica e razão, antes de expirimentar. Tenho o mesmo problema. Afirmou-se esta ideia por dedução? Se não é afirmada por lógica, é óbvio que seja destruida a ideia de dedução porque há uma outra opção mais profunda. Se é afirmada por lógica, é óbvio que seja um círculo de lógica. Há mais uma só opção. É ser arbitrário. Além disso, é preciso expirimentar para afirmar predicações. Isto é experiência e não é lógica.
No quarto lugar, há pessoas pensando que com os problemas já articulados é preciso juntar os dois numa só precondição. Isto é, lógica e experiência conjuntas fazem sentido. Não resolveram o problema. Decidiram fazê-lo arbitrariamente. Usam um círculo contraditório. Razão produz experiência. Experiência produz razão. Por mais que quisessem resolver o problema, criaram um problema pior.
Afinal, estou a mostrar mais uma vez que a fé descrita por mim na 1ª parte é maior no pensamento de todos do que a lógica, a ciência, ou qualquer outra forma de inteligência. Em pensamento cristão, Deus é. É arbitrário. Podia ser círcular. O leitor é assim, quer ateísmo, quer cristianismo, quer pagonismo, quer islã, quer qualquer. Admito. Admite?