Para dar prazer ao Pai Celeste
Adaptado do livro A Paixão de Cristo escrito por John Piper
Isaías 53.10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar.
Efésios 5.2 se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
Jesus não brigou em luta contra Deus Pai no chão do céu para tirar o chicote da mão dEle. Ele não lhe forçou ter misericórdia para com a humanidade. A morte dEle não foi um compromisso relutante da parte de Deus para ser menos rigoroso em relação ao pecado. Não foi isso de maneira nenhuma. O que Jesus fez quando sofreu e morreu era a ideia do próprio Pai. Era uma estratégia maravilhosa, concebida ainda antes da criação do mundo, quando Deus viu e planeou a história do mundo. É por isso que que a Bíblia fala do que veio da parte de Deus assim: «a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos» (2 Timóteo 1.9).
Já nas Escrituras judaicas o plano se ia desenvolvendo. O profeta Isaías contou de antemão acerca dos sofrimentos no Messias, que entrava no lugar dos pecadores. Ele falou que o Cristo sería «aflito, ferido de Deus, e oprimido» no nosso lugar.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. (Isaías 53.4-6)
Mas o que mais nos espanta acerca da substituição de Cristo no lugar de pecadores é que o conceito todo teve origens nEle. Cristo não invadiu no plano de Deus de punir pecadores. Deus planeou para que fosse Ele naquela mesma posição. Um profeta do Velho Testamento fala assim: «Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar» (Isaías 53.10).
Isto nos explica o paradoxo do Novo Testamento. Por um lado, os sofrimentos de Cristo é o derramamento da ira de Deus contra o pecado. Mas pelo outro lado, os sofrimentos de Cristo é um acto lindo de submissão e obediência à vontade do Pai. Então por isso Jesus bradou da cruz a dizer, «Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?» (Mateus 27.46). Ao mesmo tempo a Bíblia diz que os sofrimentos de Cristo constituíram uma aroma suave a Deus. «se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave» (Efésios 5.2).
Ó que fosse possível louvarmos a maravilha terrível do amor de Deus! Não é uma coisa sentimental. Não é uma coisa simples. Por causa das nossas transgressões, Deus fez o impossível: Ele derramou a ira dEle no seu próprio Filho—Aquele cuja submissão Lhe fez infinitamente não merecedor de a receber. Conquanto, a livre vontade do Filho se disponibilizar para recebê-lo foi um acontecimento muito precioso aos olhos de Deus. O Carregador da Ira foi infinitamente amado.
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