4.04.2006

Educação Moderna No Mundo Pós-moderno

Os pais dizem que tinha sido uma época melhor. As famílias não acabaram tão rapidamente. O divórcio era fora das opções. Todos as novelas na televisão existiam por toda a família. Os adolescentes não eram tão rebelde. Todos os artistas cantavam algumas canções de gospel. Todos iam à igreja e acreditavam em Deus. Sem Mcdonalds e Snickers as pessoas não eram tão gordas. Todos os alunos estudavam, e os professores recebiam respeito pelo apoio dos pais.

Embora sejam coisas excelentes, as gerações novas, sabendo o outro lado de tal altura, não acreditam nelas. Os avôs tinham a grande depressão e guerras mundiais. Os pais eram a geração do sexo, da droga e de rock'nroll. Antes disso, a história é assim: reinos subiam e caiam, guerras, corrupção, pobreza, e crime aconteciam. Os moderistas queriam acabar por ter tantos problemas. Eram objectivos optomistas feitas numa filosofia moderna. Modernismo, embora seja mais complexo, é tal filosofia que acredita em progresso. Há modernismo de religião, de ateismo, de nacionalismo, capitalismo: de todos os «ismo's.» A ideia deseja que tudo fique melhor no progresso da sociedade. Todos sofrem um pouco pelo maior bem do país, da sociedade, do mundo. Melhoraremos até chegar à sociedade ideal.

As gerações mais novas têm cada vez mais dúvida. Querem ter progresso, mas querem mais liberdade. Querem o «almoço gratis» proverbial, mas não querem o sistema da sociedade a regular a administração do almoço. São Cristãs. São Ateístas. São Católicas. São Protestantes. Têm fé, mas não acreditam. Trabalham, mas estão desempregadas. Protestam, mas criticam manifestações. Têm namorados, mas não se casam. Fazem todas as coisas da vida, mas não fazem. Tanto faz, nada feita. Progresso acontece. Elas querem entrar e sair do progresso à vontade delas.

No meio disso, há uma transição trágica. A máquina social, feita há muito tempo, tenta andar, mas não consegue. Em particular, o sistema de educação não sabe ajustar neste problema. A ideia era assim: a sociedade paga e dirige educação; depois, a sociedade recebe a produção dos cidadãos novos. As gerações novas ouvem isso e sentem que perdam identidade. Fora da sensação do maior bem, elas não sentem que tenham responsibilidades sociais. Não estudam, não trabalham para a sociedade melhorar.

Além disso, há uma confusão de responsibilidade. Os pais (nem todos, entendam) pensam que as escolas devem ter responsibilidade. Deixam as crianças nas mãos do estado, trabalham e continuam à espera do melhor. Os professores (nem todos, mais uma vez) esperam que os pais façam parte, e deixam as crianças a fazerem qualquer coisa fora das escolas ou gritam que tenham mais trabalho. As crianças (nem todos) enganam todos, faltam aulas, e fazem coisas piores. Engenheiros sociais estudam isto e escrevem artigos (incluindo este), mas mudam muito pouco.

O problema central é o seguinte: os jovens não são formadas num laboratório, mas na vida; os jovens não são uma estrutura monolítica. De facto, não são «os jovens;» são pessoas. Peço mais responsibilidade pessoal. Peço mais atenção aos individuais. Pais, pelo processo de fazerem bébés, aceitam responsibilidade pessoal pelas crianças. Têm de alimentar caráter, e não só o estomago. Os professores, pela escolha da profissão, aceitam responsibilidade pelas crianças. Têm de cuidar por cada aluno e criar um ambiente de aprendimento. As crianças, pelo crescimento da atenção, vão sentir mais responsibilidade. Têm de entender o que estão a fazer nas suas vidas. Nós, os comentadores, temos de dar os exemplos das nossas próprias vidas.

Não tenho certeza que vá melhorar no progresso do meu plano. Poderia, mas eu não creio num futuro melhor feito pelos homens. Eu sou também pós-moderno...

3 Commentários:

At 3:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É como as pessoas não conseguem encontrar o equilíbrio entre ser livres e ser esclavos, ser niilistas e ser extremamente religiosos. Responsabilidade = esclavismo. Valores éticos = esclavismo spiritual. Não sei. O niilismo não é uma invenção do século XXI. Talvez o niilismo perigoso seja o niilismo inconsciente (acho que não é uma palavra, mas bom), não como uma forma escolhida de viver mas uma maneira de fazer as coisas sem pensar, não criticar a sociedade superficial, comercial, sem-valores. Existia antes este problema, claro, mas não havia tantas possibilidades de perdição! E aqui, a responsabilidade dos pais é fundamental. A escola nunca pode substituir a família. Muitos pais, lamentamente, não aceptam esta responsabilidade. Estou a procurar alguma palavra muito má para eses pais mas conheco tão poucas em português...hálfvitar! Fífl! Djöfuls heiladauða pakk!
Bom, mas também é “a mesma merda que sempre”. De um certo modo. E podia cabritar (uma das palavras más que conheco = vomitar) sobre a palavra posmodernismo. Mostra tão bem o nosso egoismo. O que é “posmoderno”? Que vai seguir? O “pos-pos-moderno”? O que vamos ter no século XXV, 5.000 pós-es?

-Kristín da Silva

 
At 2:52 da tarde, Blogger Arnie Johnson said...

Boa crítica da palavra pós-moderno!

 
At 2:43 da tarde, Blogger Arnie Johnson said...

Peço desculpa pela emoção e, as vezes, a alta cor da língua nos commentários. Isto é a pena do dialogo.

 

Enviar um comentário

<< Home