4.03.2006

Gostava de falar no perigo de contradição. Eu tenho muito pouco conhecimento dos portugueses e eles têm muito pouco conhecimento de mim. Por isso estamos todos nós a falar mais dos preconceitos e menos dos respeitos dos seres humanos individuais. Mais do que isto, é tolo falar tão geralmente, que a sociedade seja tão uniforme. Peço que vocês me perdoem nisso. As vezes eu preciso de expressar alguma emoção.

Eu fiquei muito cansado, ou melhor farto, de ouvir como incapaz eu seja na língua portuguesa. Aceito que o meu vocabulário deva crescer. Aceito que a minha pronúncia tenha de melhorar. Aceito que haja ainda mais a aprender na gramática. Vejam alguns exemplos neste texto. Aquilo que eu não aceito é precisamente o seguinte. Eu costumo ouvir duas coisas más desde estar em Portugal: «tu nunca vais chegar ao nível superior» e «que surpresa que aprendeste tanto em só poucos meses.» Porque é que eu não tenho esperança dos níveis superiores na língua portuguesa? Dentro da sociedade portuguesa há muitos immigrantes que falam português e falam muito bem. Muitos deles aprenderam rapidamente por causa de sobrevivência. Será que a sociedade portuguesa tem preconceitos falsos? Penso assim. É claro que eu tenha os meus próprios preconceitos dos portugueses, e descobri-los-emos com a continuação neste tópico.

Continuando na ideia que eu não tenho esperança dos nivéis superiores da língua portuguesa, receio que a pena seja ainda pior. Os americanos (e sou eu) são considerados incapaz de aprender bem outras línguas. Além disso, os portugueses têm uma opinião do presidente dos Estados Unidos que ele seja pouco inteligente, a significação do povo ser assim. No primeiro lugar, ninguém chega á Casa Branca num estado de estupidez (peço perdoas da palavra). Deixo vocês a pensarem numa filosofia diferente do governo dele. Eu também tenho ideias diferentes de as dele, muitas. Isto não significa incapacidade, nem incompetência. No segundo lugar com certeza, eu não deixo vocês a pensarem que os americanos são intelectualmente, politicamente, culturalmente, biologicamente, e ideologicamente (ou qualquer outro «mente» desejado) assins. Estamos todos nós individuais. Cada um de nós é diferente. Peço respeito aos individuais, não só da América, mas de todos os paises do mundo. Paises, sociedades, e culturas não são structuras monolíticas.

É verdade que eu tivesse aprendido depressa. Tenho orgulho nisto. Trabalho muito naquele objectivo. Não gosto de ouvir isto. Naõ sei porque, mas tenho duas hipóteses: será que isto pertence aos medos anteriores, será que eu não quero me satisfazer com menos? As duas são correctas. Eu não vou repetir tudo aquilo que já vos disse. É simplesmente isto. Eu entendo quase tudo dos dialectos do inglês. Eu falo ao nível superior da língua também. Eu não quero memorizar algumas expreções e ficar assim. Eu gosto imenso da língua portuguesa. Eu gostava de falar e entender tão bem que a língua portuguesa ficasse a minha língua mais sabida. Os meus simpáticos amigos, poderiam me ajudar, por favor? Vamos embora. Vamos falar da vida, do tempo, da sociedade, do mundo. Tudo é melhor do que a minha capacidade na língua portuguesa. Veni, vidi, vici.

0 Commentários:

Enviar um comentário

<< Home