7.25.2006

Saudades

Saudades de ti
Saudades de mim
Saudades de Portugal
Saudades de português
Saudades do Rio Mondego
Saudades de ti entrego
Saudades dos debates
Saudades dos remates
Saudades do mar
Saudades do lar
Saudades de vinho
Saudades de Minho
Saudades de café
Saudades de olé
Saudades da cidade
Saudades da universidade
Saudades de ti que encontrei
Saudades de mim que descobri
Saudades da lua
Saudades da rua
Saudades de desporto
Saudades do Porto
Saudades de um ideal
Saudades irreal


Não posso recuperar aquilo que nunca tive.
Mas tenho saudades porque lá estive.
Mesmo quero ter e viver satisfeição
Mas não tenho nem conheço essa paixão.

Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
(Ecc 1:7-11 ACF)

Quem és tu
Quem sou eu
O que é que quero
É isso o meu terror.