4.10.2007

Partilhando Poder

Depois de estudarmos essas trivialidades sobre sociedade cujos resultados são pelo bem ou pelo mal (não me importa), mas são pelo bem ou pelo mal sociais. Ou seja, estamos a falar de interacção entre entidades, sejam abstractos sejam concretos, e cada decisão é uma decisão social. Agora, com esses factos, nós precisamos de decidir como o poder deve ser partilhado. Neste sentido, estamos a fazer fronteiras. Normalmente, uma fronteira é uma coisa geográfica, mas, e vamos explorar isso, hoje em dia é normal considerar fazer fronteiras constitucionais ou melhor fronteiras demográficas.

3. Como partilhar (fazer fronteiras)
Normalmente, a palavra «fronteira» recolhe um lugar ou uma linha entre países. Nós temos fronteiras muitas vezes feitas por rios ou serras. Neste momento, vivemos numa cultura com cada vez menos fronteiras como essas de geografia. fala-se cada vez mais de globalização. Por outro lado, tal globalização acontece com fronteiras cada vez mais fortes na área metafísica de demografia. Cada país da Europa tem partidos em parlamentos e assembleias nacionais e locais, partidos dos trabalhadores, dos médicos, das igrejas, do ambiente, das corporações. Neste sentido, estão a partilhar o poder pelas eleições e lutas e manifestações e publicidades. A tradição é fazer fronteiras geográficas mas entre locais as diferenças são riqueza, raça, e religião. Para concluir, vamos ver como história se desenvolveu com movimentos e como os cientistas e os sociólogos vão afectando os debates.
O problema de dinheiro
Dinheiro tem sido uma óbvia distinção entre os homens. Ninguém pode disputar este facto. É apenas andar pelos bairros de qualquer cidade para ver como dinheiro faz fronteiras entre homens. Os mais ricos normalmente fazem das casas castelos virtuais para guardar um espaço para eles. Também, é comum encontrar os mais ricos em posições de poder, governando uma cidade ou um país. Pensava-se numa unidade dos pobres, mas não existe. Cada nível de riqueza significa mais uma divisão.
Dito isso, é preciso dizer que os movimentos dos trabalhadores e outros muitas vezes usam linguagem para dar a ilusão de uma unidade dos pobres. Mas assim que ganharam o poder, manipularam a sociedade para solidificar tal poder e a riqueza da sociedade. Neste sentido, estou completamente de acordo com o livro A Revolução dos Bichos por George Orwell. Enquanto isso não seja justo, é claro que moeda faz de nós cidadania diferente. Agora, será que nós temos justificação para garantir provisões sobre isso numa constituição? É difícil responder. Se eu disser, dinheiro é a propriedade de todos, coloco o dinheiro e o poder na liderança dos comunistas. Se eu disser, dinheiro é a propriedade de cada um que tenha, coloco o dinheiro e o poder nas mãos dos fascistas. Comunistas, digo, porque são a extrema, tão como os fascistas. Os dois governos são algo enganador, porque são totalitários. O fascismo dos primeiros anos de século 20 destruiu a sociedade europeia. O comunismo, logo, destruiu a economia russa. Para além disso, nós podemos ver na história de África o facto de socialismo não funcionar em países pobres. Este poder todo e centralizado vai destruindo ao longo de história. Portanto, não tenho resposta ao problema de dinheiro. Aliás a minha resposta é não construirmos poderes tão sujeitos a este nível de poder. Dinheiro chegará no topo.
O problema de raça
Raça tem sido algo muito mau em termos das sociedades. Ouvi uma história muito interessante sobre isso. Conheço aqui nos Estados Unidos famílias com raça muito particular, tanto que não gostam de serem casados com a outra raça ao lado. Isso acontece em todos os lados do mundo, mas este é um caso especial. Gerações depois de imigrarem da Finlândia, não casaram, não gostaram, nem confiaram em vizinhos gerações depois de imigrarem da Suécia. Para mim, este parece-me uma loucura. Os dois têm pele branca, olhos azuis, e cabelo louro. Mas isso acontece também entre portugueses e espanhóis. Mas porque é que quer nos Estados Unidos, quer na Europa ou quer em qualquer cidade do mundo, existem guetos e gangas feitos por raça? Provavelmente porque constitui a diferença mais óbvia aos olhos.
Para mim, como cristão, não faz sentido nenhum. Pela descrição bíblica, vemos uma só raça nascida de Adão e Eva. Muitos cristãos dizem que o castigo de Deus sobre Canaã justifica algum racismo. Mas o ensino de Paulo é que Deus tem feito ou restaurado igualdade entre as raças.
Evolução já é uma outra coisa. Alguns dizem que as raças são níveis de evolução, outros dizem que vieram de casos em lugares diferentes do mundo. Outros dizem que descenderam do primeiro homo sapiens. Racismo é uma realidade que temos e vem de todos os lugares. Mas homem é homem e não é justo partilhar sociedade por raça.
O problema de religião
Agora, religião tem sido algo que faça divisões muito poderosas em todas as gerações. Os reino Egipto, de Babilónia, de Pérsia, de Grécia, e todos os reinos antigos tiveram religião ao centro da sociedade. Não é preciso falar dos reinos sob a Igreja Católica Romana. Mas desde século 16 até agora tem crescido uma atitude ateísta ou secular. Será que isto vai nos libertar das divisões religiosas? Não, e mil vezes não. Como diz o histórico e autor H. G. Wells, a sociedade tornou-se da religião de Deus e deuses à religião do estado, da sociedade e da nação. O que aconteceu até agora tem sido horrível em termos dos seres humanos. Mostra para nós a divisão profunda entre os homens sobre a metafisica.
O problema de história
Historia tem sido mais um problema e quis apenas mencioná-la brevemente. É um problema porque tem sido usada para justificar a maneira de partilhar poder dentro de sociedade, e tem sido interpretada diferentemente pelos grupos diferentes para justificar os vários movimentos políticos. Como é que dois grupos podem olhar para a mesma história e concluir com teses diferentes? Não sei, mas mostre-me que não se pode usar história efectivamente para justificar um sistema qualquer que seja.

Para concluir
Não tenho conclusão. Cada sociedade pretende partilhar poder justamente, mas não vejo bons sistemas de classificação.