O Governo
O Poder e A Corrupção
Ninguém quer um governo com o poder para fazer mal. Toda a gente quer um governo com o poder para fazer bem. Mas o governo tem dois problemas horriveis. Esses problemas construem uma grande parede entre os desejos ao bem e a possibilidade de realizá-los. Os problemas são a corrupção do poder e a interpretação do bem.
Nos temos a ideaia que todas as pessoas são boas. Sem dúvidas todas as pessoas querem boas coisas. Mas eu tenho dúvidas que todas as pessoas são boas. Essas dúvudas vêm de um ensino Cristão e a história do mundo.
Há muitos cristãos que não crêm neste ensino cristão. Eles crêm que pessoas são boas, mas eu não concordo. Há um ensino do apostolo Paulo dizendo: «Não há quem faça o bem, não há nem um só.» O Paulo estava a dizer que todos precisam da graça de Deus. Se algém é bom, Deus deve pagar. Mas «Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.» Isto quer dizer que Deus dá gratuitamente e não por obrigação. A obrigação levaria Deus a nos castigar, porque somos nós maus profundamente. Acho que o Paulo é certo, mas há mais para dizer.
Antes de explorar esse assunto na história, temos de saber o que é que resulta desse problema do pecado. Se «Não há quem faça o bem, não há nem um só,» o governo, construido pelas pessoas pecadas, vai fazer tudo do mesmo. Isto significa que qualquer tipo de governo vai ficar mau. O governo da liberdade (que deixa cidadãos fazer o mal) e o governo pesado (que deixa o governo fazer o mal) nem podem nem conseguem ficar bons.
A outra parte da evidência é da história do mundo. Se o Paulo falou verdadeiramente, a história deve concordar. O que é que acha? Não há nenhum governo sem problemas. Também não há nenhum governo que dura, e isto por causa dos problemas. Penso que o estado melhor nunca vai ficar connosco porque há tantas pessoas a usar o estado para ganher poder e dinheiro e o resultado é o mal. Isto foi o problema dos reis e rainhas de todos os países ao longo da história. Também por isso, sabemos que todos os impérios na história têm acabado (Egipto, Babylónia, Pérsia, Grécia, Roma). Sem duvidas é difícil pensar num mundo sem a China ou os EUA, mas sempre chegarão a um fim. Porque é que não há nenhum estado que dura para sempre? É porque todos têm corrupção.
Aceito que seja difícil falar das coisas destas. O nosso desafio é governar e eu estou a desconstruir a ideia de governança. Mas eu tenho uma crítica mais profunda, mais práctica: a interpretação do bem. No princípio, eu disse que isso era problema, mas não expliquei-o. Para intender, temos de responder a três perguntas. O que é bem para a sociedade? O que é bem para a vida de cada cidadão? E quem é que tem o poder para resolver e decidir o bem?
O que é bem para a sociedade? Isso pode ser a pergunta mais difícil de todas nesse discurso. Eu sei que nós não temos espaço nem tempo suficientes para resolver essa pergunta. Mas, temos de responder, e talvez vamos conseguir em parte. Sociedade ficaria bom por uma economia forte, digamos assim. Não preciso de explicar isso. Sociedade fica bom por solideriadade de moralidade. Imagine uma sociedade com só duas pessoas. Se eles não concordarem em propriedade, ou em comportamento do dia a dia, ou em qualquer lugar da vida, a sociedade perderá ligação. Mas, se eles concordarem, a sociedade ficará unida. Tragicamente, não acontece. Pessoas morrem de fome enquanto os argumentos dos políticos vão e vêm sobre direitos, morais, e propriedade.
A seguir, respondemos à segunda pergunta: qual é o bem para a vida de cada cidadão? É óbvio que nós podemos responder na mesma maneira. A economia deve ser boa e cada lugar da vida deve ser bem feito.
Mas, o problema é o seguinte: cada pessoa é diferente. A economia faz diferente para todos. Os sonhos, desejos, e ideais são construidos numa maneira diferente ou seja de coisas diferentes. Por exemplo, um homem quer tomar um café cada dia às 13h 30, e um outro homem, tudo mais igual, nunca quer tomar café. É um exemplo hypersimplificado, mas mostra a complexidade de definirmos o bem de pessoa a pessoa. Quando cada cidadão tem desejos diferentes, a ligação da sociedade parte, e começa o debate resultando em guerras sociais e tragicamente em guerras actuais. Por isso, tentamos construir autoridades nas quais colocamos o poder de julgar entre nós.
Agora, chegamos à última pergunta. Quem é que pode resolver e decidir o bem?
Se responder "a sociedade deve decidir," responderá mal, porque não há sociedade sem cidadãos individuos. Se responder "a maioria deve decidir," responderá mal, porque isso faz mal à menoria. Nesses casos, o mais forte destrue a vida dos outros. Se responder cada cidadão deve decidir por si próprio, responderá mal, porque isso parte ou seja desliga a sociedade. No fim do dia, é sempre o mais forte que destrue a vida dos outros.
Agora, estamos a ver que, sem duvidas, o mais poderoso da sociedade vai sempre governar o estado. Porque é que estou a acusar todo poder de cínico? É por isso: queria mostrar que o estado não pode salvar ou dar satisfacção a ninguém. Nós podemos, ou melhor devemos, votar e falar nessas questões com os nossos vizinhos, mas o estado nunca vai ficar o nosso salvador. Neste sentido, o estado pretende ser mais uma religião.
O meu successo na vida não vai ser por causa do governo. Homens que não conseguem governar-se não conseguem na governança dos outros.
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