11.17.2006

Mudança? Ou Mais da Mesma

A cultura norte americana é muito enganosa. A última campanha eleitoral correu com muito fervor. A gente bateu recordes em termos de pessoas a votar. Isso fez mais confusão do que é normal. Neste momento, estou perto de Denver, uma das cidades mais afectidas pelos problemas. Mas a confusão pior vem dos resultados. Alguns dizem que foi uma vota contra a guerra no Iraque. Outros dizem que foi uma vota contra corrupção. Ainda outros dizem que ganharam em princípio os conservativos, sejam democratas sejam republicanos. Outros dizem que a victória veio pelos liberais. Existe também a opinão que aconteceu para levar o plano das uniões de trabalhadores. Mas enfim, a palavra mais forte na conversa nacional é mudança.

Agora, vamos ter uma mudança, uma mudança da liderança, uma mudança da cultura, uma mudança, mas não se fala muito da natureza da mudança. Se o presidente fosse Reagan e a influência fosse do nosso amigo Milton que morreu ontem, nós podiamos acreditar. No entanto, não é verdade. Embora houvesse oposição contra o primeiro presidente Bush, ele governou num governo centrista com a aumenta dos impostos maior da história e muito crescimento orçamental. Clinton, primeiro com um congresso democrata e depois com um congresso republicano governou do centro, e ainda aumentou a taxa dos impostos mais do que o premeiro Bush. Clinton tem uma filosofia ao lado esquerda, mas governou ao centro por necessidade. Agora George Bush chegou à Casa Branca e nós sabemos o que é que aconteceu. Baixou a taxa dos imopstos, chegou o dia onze de setembro, e um desenvolvimento no Afganistão e no Iraq.

Aquilo que não é bem conhecido é o facto dele aumentar o orçamento governmental mais do que Clinton. Estou a falar do orçamento doméstico. Nós temos mais em termos de um sistema nacional de saúde do que era possível com Clinton. Ele aumentou mais em todos os departamentos do governo do que todos. Clinton tinha uma necessidade da presença das forças armadas na Europa e Àsia. Bush tem-nas no Meio Oriente. Nisso, acredito que a cultura fala muito contra um ou um outro, mas no fundo, o governo vai andando. Clinton iria para o Iraque também. De facto atacou com misseis em muitos lugares e em particular no Iraque mais do que uma só vez.

Em 1994 aconteceu uma verdadeira revolução eleitoral. Os repulicanos ganharam muito poder pela vota contra a cultura de corrupção em Washington. Depois de doze anos, é evidente que os republicanos não mudaram nada, tão como na Casa Branca. A cultura de corrupção foi andando.

No fim do dia, falar em mudança na capital não é útil. Não é útil porque não se faz. Os democratas vão falar muito contra a corrupção dos republicanos, mas não vão acabar com ela. Chegaram ao poder e imediatemente falaram na mesma linguagem de Donald Rumsfeld depois da saída dele, embora detestem-no.

No fundo, o problema vem de nós darmos tanta inportância a Washington enquanto a importância viva em nós. Uma mudança na cultura não vem da capital, nem dos governadores. Faz-se um pais de um povo. Faz-se um povo de cidadãos. Faz-se mudança entre vizinhos.

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